Seguidores

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Medo do Amor - Martha Medeiros


Quase um ano sem postar no blog, e um dos objetivos que tracei para 2013, foi exatamente o que estou fazendo agora...  Eita,  mulher decidida!  Falei e tive a atitude. Eu me amoo!!! rsrrs....
 Pensei, pensei e decidi  postar sobre um dos assuntos que mais gosto de falar, que  é sobre o amor. Lembrei-me de um texto da Martha que li há pouco tempo: Medo do Amor.
 E o tal “medo de amar” existe? Quando você foge de uma pessoa, seria por medo? Seria também medo de ser feliz?  Ganhamos o que sendo infelizes? Calma, sossego?  Amar dá trabalho? Tenho minhas dúvidas. Pode ser somente defesa, ou não “sentir” o suficiente pela pessoa.  Na minha opinião, o  medo de amar não existe. A única coisa que existe é o medo de não ser correspondido.
Se você considera-se uma pessoa com medo de amar, reflita: Será que você diz "não" ao amor como uma maneira de se castigar? Quanto tempo já passou entre sua relação anterior e seu momento atual? Veja dentro de você se já não é hora de mudar de atitude e ir à busca de uma pessoa interessante e que lhe queira bem. O problema é esse , né? Uma pessoa interessante, que lhe queira  bem, e que lhe deixe com friozinho na barriga rsrs. 
O negocio é manter as antenas ligadas, que uma hora o coração encontra a sintonia certa. E tem que querer também! rsrs...   Eu e meus “quereres” ... E um deles é amar novamente. Quero como a musica do Frejat.  Quero a sorte de um amor tranquilo. Quero ter o agora. Quero ter o “para sempre”.
E você?  Tem medo de amar?
Beijos! Até breve!
Kátia Nascimento. 
Medo do amor (Martha Medeiros)
Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.

O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.

E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.

Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.

Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.
Martha Medeiros

9 comentários:

  1. Sensibilidade, observação e vivência nesse texto...
    Martha Medeiros sabe de uma forma única nos levar a refletir.
    Feliz Ano Novo!






    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Verdade, Dora! Adoro as cronicas e tb as poesias de Martha! Grata pela visita! Beijos!

      Excluir
  2. Vengo del blog de Lau Milesi y me ha encantado tu Espacio; por lo cual, si no te importa, me gustaría ser seguidor de tu blog.
    Un abrazo.

    ResponderExcluir
  3. Olá Pedro!!! Obrigada! Fico feliz que tenha gostado. Bem vindo! Vc pode dar sugestões de temas tb! Abraços!

    ResponderExcluir
  4. Ola Gostaria de saber se esse texto esta presente em algum livro de poesias

    ResponderExcluir