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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Luta pelo fim da cultura de estupro

Não poderia deixar de comentar o caso  da estudante indiana,  Jyoti Singh Pandey, de 23 anos ,  que foi cruelmente estuprada por 6 homens  e agredida sexualmente com uma barra de ferro e depois lançada para fora do veículo seminua. Estou acompanhando, atentamente,  essa história.   Fiquei  revoltada com o que aconteceu  e mais revoltada ainda em constatar que a violência contra essas mulheres teve um aumento absurdo. Sempre foram muito discriminadas, problema cultural...  Mas estupro por lá parece ser  algo corriqueiro.  Estupro por gangues. Cruel demais!
 Em 17/01, uma menina indiana de 11 anos foi estuprada por seis homens, em um caso semelhante ao da jovem de 23 anos.
Emocionei-me ao ver as primeiras  manifestações dos ativistas indianos contra  casos de estupro no país. Tenho certeza que essa luta continuará e espero que consigam êxito na questão: o fim da cultura de estupro.  Alguma mudança está por vir, já que a causa está recebendo apoio internacional.
 Outra manifestação, que ocorreu, foi o pai de Jyoti revelar o nome dela, por considerar, que isso pode dar coragem a outras mulheres vítimas de violência sexual.
A filósofa indiana Vandana Shiva sustenta: violência contra mulheres cresce em seu país porque machismo ancestral combina-se agora com lógica econômica que valoriza apenas o lucro e despreza trabalho da maioria das mulheres. 
Por falar em violência contra as mulheres, no Brasil, o  número de assassinatos  (de mulheres) continua a crescer...
Em 2012, os dados  do  Mapa da Violência, incorporou dados de homicídios e de atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS), que no relatório anterior eram preliminares.   Oferece informações de 1980 a 2010 sobre casos de assassinatos de mulheres.  O documento, de autoria de Julio Jacobo Waiselfisz com o apoio do Centro Brasileiro de Estudos Latino-americanos (Cebela) e da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso), foi produzido para somar esforços no enfrentamento à violência contra a mulher.
Fiquei indignada ao saber,  que  a gravidade deste problema está marcada também no contexto internacional. Em uma lista com 84 países, o Brasil está em 7º lugar nas taxas de homicídio feminino (4,4 em 100 mil mulheres). 
Crítica do autor do documento: “Há uma falta de consciência com relação ao problema e existe ainda a tolerância institucional que torna a vítima culpada. Existem mecanismos que justificam os crimes contra as mulheres, como por exemplo, dizer que algumas mulheres se vestem como vadias e por isso acabam sendo estupradas. É como se uma dose de violência contra a mulher fosse aceitável e até necessário”, denunciando também que as instituições que deveriam proteger as mulheres não estão cumprindo seu papel.
Até quando as mulheres serão discriminadas  em várias regiões do planeta?
Que os ativistas continuem a lutar pelos  direitos das mulheres, não só na Índia, mas  no mundo inteiro!
Luta pelo fim da cultura de estupro! Luta pelo fim da violência contra as mulheres!
Kátia Nascimento 

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