Uma História de Amor (Eunice Tomé)
Há
quem diga que a palavra amor está banalizada, pois a usamos impropriamente e em
todo momento, não refletindo muito sobre seu conteúdo. Embora seja verdade
também que as palavras têm um peso bom ou mal, dependendo do seu significado,
nesse sentido é muito melhor usar o amor do que um termo pejorativo ou
expressões negativas.
Mas
o amor que quero comentar é aquele que não precisa ser dito e verbalizado, mas
que nos atos ele se revela. O filme em cartaz e indicado para o Oscar 2013, de
procedência francesa, cujo título tem essas quatro letrinhas, é um exemplo
cabal do verdadeiro amor de um homem e uma mulher. Depois de anos de
convivência e de dividirem experiências e paixões, pela força da idade, o
discernimento cai, a senilidade empurra para a perda da produtividade e a saúde
entra em colapso.
Nem
sempre esses problemas aparecem em ambos, ao mesmo tempo e, às vezes, pode até
não acontecer em nenhuma das partes, mas quando um fica vigilante e aceita
cuidar do outro em crise, os riscos são muito grandes de sofrimentos duplicados
e de esgotamento.
Como
já tinha ouvido por críticas e comentários sobre a temática do filme Amor, o
choque não foi tão grande, mas é um convite à reflexão e que qualquer um de nós
poderá ter essa vivência, se não diretamente, mas tendo pessoas próximas
precisando de um amparo.
Mas
onde entra o amor nessa história? É na dedicação de um homem (poderia ser de
uma mulher em papeis trocados) que promete cuidar até a morte de sua
companheira, sem permitir que a levem para um hospital ou clínica de repouso.
Procedimento esse que o levam ao desespero e ao cumprimento da promessa.
De
qualquer forma e mesmo com o forte teor
trágico do tema, a história é um conto de amor, assim como a vida, que
está aberta e em sequências inesperadas e vai depender do desfecho que dermos a
ela.
Eunice Tomé – Jornalista e
Escritora
Janeiro/2013
Oi Katia
ResponderExcluirUm tema bastante atual e real. É a vida como ela é, só mesmo com muito amor.
Bjux
Verdade! Vale à pena assistir. Emocionante! Beijos, Wanderley
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