Em 17/01, uma menina
indiana de 11 anos foi estuprada por seis homens, em um caso semelhante ao da
jovem de 23 anos.
Emocionei-me ao ver as primeiras manifestações dos ativistas indianos contra casos de estupro no país. Tenho certeza que
essa luta continuará e espero que consigam êxito na questão: o fim da cultura
de estupro. Alguma mudança está por vir,
já que a causa está recebendo apoio internacional.
Outra manifestação,
que ocorreu, foi o pai de Jyoti revelar o nome dela, por considerar, que isso pode dar coragem a
outras mulheres vítimas de violência sexual.
A filósofa indiana Vandana Shiva sustenta: violência contra
mulheres cresce em seu país porque machismo ancestral combina-se agora com lógica
econômica que valoriza apenas o lucro e despreza trabalho da maioria das
mulheres.
Por falar em violência contra as mulheres, no Brasil, o número de assassinatos (de mulheres) continua a crescer...
Em 2012, os dados
do Mapa da Violência, incorporou
dados de homicídios e de atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS), que no
relatório anterior eram preliminares. Oferece
informações de 1980 a 2010 sobre casos de assassinatos de mulheres. O documento, de autoria de Julio Jacobo
Waiselfisz com o apoio do Centro Brasileiro de Estudos Latino-americanos
(Cebela) e da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso), foi
produzido para somar esforços no enfrentamento à violência contra a mulher.
Fiquei indignada
ao saber, que a gravidade deste problema está marcada
também no contexto internacional. Em uma lista com 84 países, o Brasil está em
7º lugar nas taxas de homicídio feminino (4,4 em 100 mil mulheres).
Crítica do autor do documento: “Há uma falta de consciência
com relação ao problema e existe ainda a tolerância institucional que torna a
vítima culpada. Existem mecanismos que justificam os crimes contra as mulheres,
como por exemplo, dizer que algumas mulheres se vestem como vadias e por isso
acabam sendo estupradas. É como se uma dose de violência contra a mulher fosse
aceitável e até necessário”, denunciando também que as instituições que
deveriam proteger as mulheres não estão cumprindo seu papel.
Até quando as mulheres serão discriminadas em várias regiões do planeta?
Que os ativistas continuem a lutar pelos direitos das mulheres, não só na Índia,
mas no mundo inteiro!
Luta pelo fim da cultura de estupro! Luta pelo fim da
violência contra as mulheres!
Kátia Nascimento
Nenhum comentário:
Postar um comentário