A ideia foi inicialmente elogiada, com centenas de milhares
de curtidas e compartilhamentos no Facebook e no Twitter. "Com o nosso
esmalte, qualquer mulher vai ter poderes para garantir discretamente sua
segurança, simplesmente mexendo a bebida com o dedo", disse a empresa.
"Se seu esmalte muda de cor, ela vai saber que algo está errado".
Segundo Adam Clark Estes, do blog Gizmodo, já existem
métodos para testar bebidas para drogas. "Mas não é necessariamente fácil
carregar estas coisas à noite e mostrá-las em bares".
No entanto, o projeto também recebeu críticas - e,
surpreendentemente, de ativistas anti-estupro. "Agradeço que jovens
queiram frear o assédio sexual, mas qualquer coisa que coloca o ônus sobre as
mulheres para 'discretamente' evitarem serem estupradas perde o ponto",
escreveu Jessica Valenti para o jornal britânico The Guardian. "Deveríamos
estar tentando impedir o estupro, não apenas evitá-lo individualmente",
disse.
Jessica argumenta que a promoção de produtos como o esmalte
não é apenas ineficaz mas também pode levar à conduta de "culpar a
vítima" se as mulheres não tomarem todas as precauções sugeridas.
Tara Culp-Ressler, para o blog Think Progress, também
criticou tais produtos e disse que eles "reforçam a cultura de
estupro" da sociedade.
Já Erin Gloria Ryan, na Jezebel, disse que melhorar a
conscientização sobre assédio sexual poderia ser mais benéfico do que esmaltes
que mudam de cor.
Apesar das críticas, a página da empresa no Facebook tem
centenas de elogios - desde mulheres interessadas no produto, mães preocupadas
com filhas e manicures que querem oferecer o novo esmalte a clientes.
E, claro, feministas criticando outras ativistas por serem
contra a invenção. O grupo disse que o produto ainda não está à venda e que
testes estão sendo realizados para que o esmalte detecte diversos tipos de
drogas.
Fonte: Site Terra
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