A crônica transcrita abaixo me fez refletir um pouco, ou melhor, muuuuito (rsrsr). Sempre me gabei do fato de ser corajosa , por não sentir medo na hora de decidir alguma coisa , que achasse ser bom pra mim, e que com certeza acarretaria em alguma mudança. Mas lendo esse texto, tenho a impressão, que na verdade o termo certo é amor, não coragem. As mudanças ocorrem porque permitimos e queremos, basta nos amar e nos colocarmos em primeiro lugar. Se não estamos satisfeitos e não mudamos, na realidade não queremos, por várias circunstâncias, uma delas é não sabermos o que é melhor e não refletirmos para isso. Nem sempre me coloco em primeiro lugar. E o motivo sei muito bem qual é. O que me deixa menos frustrada. A escolha é minha. Apesar de não estar vivendo "a vida que pedi a Deus", posso assegurar que estou vivendo bem próximo do que pedi.
somosroteiristasdanossaprópriahistória
Ká
A vida que pedi a Deus - Marta Medeiros
SE FOSSE FEITA UMA ENQUETE NAS ruas com a pergunta "você tem a vida que pediu a Deus?", a maioria responderia com um sonoro quá quá quá. Lógico que alguém desempregado, doente ou que tenha sido vítima de uma tragédia pessoal não estará muito entusiasmado. Mas mesmo os que teriam motivos para estar - aqueles que possuem emprego, saúde e alguma relação afetiva, que é considerada a tríade da felicidade - também não têm achado muita graça na vida.
O mundo é habitado por pessoas frustradas com o próprio trabalho, pessoas que não estão satisfeitas com o relacionamento que construíram, pessoas saudosas de velhos amores, pessoas que gostariam de estar morando em outro lugar, pessoas que se julgam injustiçadas pelo destino, pessoas que não agüentam mais viver com o dinheiro contado, pessoas que gostariam de ter uma vida social mais agitada, pessoas que prefeririam ter um corpo mais em forma, enfim, os exemplos se amontoam. Se formos espiar pelo buraco da fechadura de cada um, descobriremos que estão todos relativamente bem, mas poderiam estar melhor.
Por que não estão? Ora, a culpa é do governo, do Papa, da sociedade, do capitalismo, da mídia, do inferno zodiacal, dos carboidratos, dos hormônios e demais bodes expiatórios dos nossos infernizantes dilemas. A culpa é de tudo e de todos, menos nossa.
Um amigo meu, psiquiatra, costuma dizer uma frase atordoante. Ele acredita que todas as pessoas possuem a vida que desejam. Podem até não estar satisfeitas, mas vivem exatamente do jeito que acham que devem. Ninguém as força a nada, nem o governo, nem o Papa, nem a mídia. A gente tem a vida que pediu, sim. Se ela não está boa, quem nos impede de buscar outras opções?
Quase subo pelas paredes quando entro neste papo com ele porque respeito muito as fraquezas humanas. Sei como é difícil interromper uma trajetória de anos e arriscar-se no desconhecido. Reconheço os diversos fatores - família, amigos, opinião alheia - que nos conduzem ao acomodamento.
Por outro lado, sei que este meu amigo está certo. Somos os roteiristas da nossa própria história, podemos dar o final que quisermos para nossas cenas. Mas temos que querer de verdade. Querer pra valer. É este o esforço que nos falta.
A mulher que diz que adoraria se separar mas não o faz por causa dos filhos, no fundo não quer se separar. O homem que diz que adoraria ganhar a vida em outra atividade, mas já não é jovem para experimentar, no fundo não quer tentar mais nada.
É lá no fundo que estão as razões verdadeiras que levam as pessoas a mudarem ou a manterem as coisas como estão. É lá no fundo que os desejos e as necessidades se confrontam. Em vez de nos queixarmos, ganharíamos mais se nadássemos até lá embaixo para trazer a verdade à tona. E então deixar de sofrer.
O mundo é habitado por pessoas frustradas com o próprio trabalho, pessoas que não estão satisfeitas com o relacionamento que construíram, pessoas saudosas de velhos amores, pessoas que gostariam de estar morando em outro lugar, pessoas que se julgam injustiçadas pelo destino, pessoas que não agüentam mais viver com o dinheiro contado, pessoas que gostariam de ter uma vida social mais agitada, pessoas que prefeririam ter um corpo mais em forma, enfim, os exemplos se amontoam. Se formos espiar pelo buraco da fechadura de cada um, descobriremos que estão todos relativamente bem, mas poderiam estar melhor.
Por que não estão? Ora, a culpa é do governo, do Papa, da sociedade, do capitalismo, da mídia, do inferno zodiacal, dos carboidratos, dos hormônios e demais bodes expiatórios dos nossos infernizantes dilemas. A culpa é de tudo e de todos, menos nossa.
Um amigo meu, psiquiatra, costuma dizer uma frase atordoante. Ele acredita que todas as pessoas possuem a vida que desejam. Podem até não estar satisfeitas, mas vivem exatamente do jeito que acham que devem. Ninguém as força a nada, nem o governo, nem o Papa, nem a mídia. A gente tem a vida que pediu, sim. Se ela não está boa, quem nos impede de buscar outras opções?
Quase subo pelas paredes quando entro neste papo com ele porque respeito muito as fraquezas humanas. Sei como é difícil interromper uma trajetória de anos e arriscar-se no desconhecido. Reconheço os diversos fatores - família, amigos, opinião alheia - que nos conduzem ao acomodamento.
Por outro lado, sei que este meu amigo está certo. Somos os roteiristas da nossa própria história, podemos dar o final que quisermos para nossas cenas. Mas temos que querer de verdade. Querer pra valer. É este o esforço que nos falta.
A mulher que diz que adoraria se separar mas não o faz por causa dos filhos, no fundo não quer se separar. O homem que diz que adoraria ganhar a vida em outra atividade, mas já não é jovem para experimentar, no fundo não quer tentar mais nada.
É lá no fundo que estão as razões verdadeiras que levam as pessoas a mudarem ou a manterem as coisas como estão. É lá no fundo que os desejos e as necessidades se confrontam. Em vez de nos queixarmos, ganharíamos mais se nadássemos até lá embaixo para trazer a verdade à tona. E então deixar de sofrer.
Fonte: "Coisas da vida" Crônicas - Martha Medeiros
Imagem : Google
Oi Kátia!
ResponderExcluirEu, como psicanalista, concordo plenamente com o psiquiatra (amigo da Martha). As pessoas realmente vivem aquilo que desejam. Vejo isso com meus clientes. É claro que estes desejos são inconscientes e muitas vezes servem como proteção para um modo de agir diferente que seria ameaçador e destrutivo. Portanto, a pergunta sempre é: por que atraí isso pra mim? Porque somos nós que atraimos todas as situações que acontecem na nossa vida, tanto as boas quanto as ruins.
Obrigada pelo seu carinho deixado lá no meu cantinho. Gostei muito daqui e já estou te seguindo.
Um excelente domingo pra vc!
Bjussss
Oi Kátia hoje estou melhor mas ontem estava mal mesmo.
ResponderExcluirE tu como está?
Bjs
A nossa vida somos nós que a fazemos, criamos, colorimos e desfrutamos ou não. Cada indivíduo é o único dono, possuidor e proprietário de sua existência.
ResponderExcluirO fato é: mais fácil colocar a culpa no outro.
Belo texto!
Passa aqui nesse endereço...
ResponderExcluirnão lembro se ja foi...
http://meusreflexoscontostextoseafins.blogspot.com/2010/09/so-uma-con-ver-sameio-sem-pe-nem-cabeca.html
Bjins
Ká, minha lindaaaaaaaaa!!!
ResponderExcluirEu nem digo nada: Assino embaixo, coloco as digitais, o que preciso for com a Martha.
Essa mulher é craqueeeeeee!
E eu? Fããã dela!
Belo post!
Um abraçãoooooo apertadooo minha amiga!!!
Texto muito inteligente!
ResponderExcluirObrigada pela visita e comentário , Ká !
ResponderExcluirVolta sempre ...
BjO.
Olá Kátia!! Tudo bem?
ResponderExcluirGrande verdade, cada um tem a vida que escolhe. Muitas vezes o medo de piorá-la, na ânsia de melhorá-la, segura as pessoas. Como, de repente, trocar um emprego por outro e não dar certo, numa idade em que pode não ser fácil retornar ao mercado.
Legal estar por aqui! Um grande abraço!
nosso insconciente está mais ciente da nossa missão que nós mesmos. queira ou não, nos realizamos o que somos...
ResponderExcluirmuito bom espaço.
abs
Olá Kátia, Tudo bem?
ResponderExcluirseu espaço é divino e ja estou com você.
perfeito texto...sou da area e concordo cada um vive seus desejos.
adorei te receber...
bjos com carinho..