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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Pronto Falei! Será que a fila anda mesmo?

Hoje, estava na fila do cinema (incrível como enfrentamos fila pra tudo), quando uma mulher, por volta dos seus 40 anos, resolveu desabafar com sua amiga. Seu desespero era tanto, que o sofrimento ecoava no seu tom de voz, praticamente fui obrigada a ouvir.
E adivinhem o motivo de seu sofrimento? No dia anterior, rompeu seu relacionamento de três anos, após descobrir que havia sido traída. Triste. Em qualquer idade a dor é a mesma. Depois da entrega, a dor da decepção.
Logo que falou do ocorrido, suspirou, levantou a cabeça e com um leve sorriso no rosto, brincou com sua amiga dizendo que a “fila andou”. Não... Calma ai... Deixa eu me corrigir... Eu achei que ela estava brincando, mas passados 10 minutos, parou do seu lado um rapaz, por volta dos seus 30 anos, cumprimentou-a, desculpou-se por ter se atrasado, e entraram juntos para a sala do cinema.
Fiquei pensando por uns instantes... (só por uns instantes, porque logo meu marido interrompeu e perguntou por que estava tão calada (rsrsr)
Será que a fila anda mesmo? Se houvesse uma fórmula, todos saberiam como agir nesses casos. Acredito que seja louvável, darmos um tempo para nós mesmos. Viver o luto, juntar os cacos, refletir, ver o que sobrou ou o que nos acrescentou.
Enfim, engatar um namoro no outro, é complicado, desafiador, não é pra qualquer um. Muitas vezes, algo passa despercebido, e ai não sei quem ganha com isso.
Quanto à moça, acho que a fila andou mesmo (rsrs). E que seja feliz novamente.
Quanto a mim: vivendo, observando e aprendendo.
Quanto ao filme, Os Mercenários, confesso que não gostei muito, mas valeu.

#antesdetudodevemosnosamar

Tudo isso me lembrou esses versos de Fernando Pessoa:

“Enquanto não superarmos
a ânsia do amor sem limites,
não podemos crescer
emocionalmente.

Enquanto não atravessarmos
a dor de nossa própria solidão,
continuaremos
a nos buscar em outras metades.
Para viver a dois, antes,
é necessário ser um.”

Imagem: do google

10 comentários:

  1. Fiquei aqui pensando no seu post, que moça rápida essa,não? Concordo com vc, romper um relacionamento e engatar outro, sem pesar nos prós e contras, sinaliza que a relação estava boa para um ponto final...
    O poema nos faz refletir sobre tudo isso! Ah, se vc estivesse com ele na bolsa para presentear a dita cuja!

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  2. Mas ,não pode dar um tempo longo demais para juntar os cacos, porque senão acaba virando um caco, e aí fica difícil rsrsrs
    Bjux

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  3. Oi Katia, acho que devemos dar um tempo não dó em relacionamento amoroso mas em outros aspectos de nossas vidas sou de fazer isso para não me estressar ainda mais.
    Bjs

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  4. Oi, Kátia. Aqui é Alessandro Atanes, da Revista Pausa. Queria agradecer o comentário e esclarecer que ele não está no ar porque tive que refazer a postagem. Ainda assim, você está conidada a continuar participando.
    Um abraço e parabéns pelo blog, que eu também não conhecia.

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  5. Ei Katia.
    Sou Catiaho La do reflexo d'alma e administro esse blogo Espelhando e Espalhando Amigos.
    Vem conhece ros amigos maravilhosos que reuno la.
    Bjins

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  6. Amor sem limites... Com a experiência vamos percebendo que não existe amor sem limites, se temos algo parecido é doença... Mas como é sedutora essa idéia... Para mim, talvez até para a maioria das pessoas, embarcar nessa ilusão é a maior tentação que pode existir, muito mais que sexo, dinheiro, aventura ou poder. Beijos pra ti, Ká.

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  7. Olá Kátia!! Tudo bem?

    Que legal, curti muito seu blog, a idéia dele.

    Sobre a fila, é difícil. Acho que cada um tem seu tempo. Mas muito tentam esconder a carência e o medo de ficar sozinho na compania de outros. Isso é arriscado.

    Legal estar por aqui! Valeu pelas palavras em meu blog!

    Um abraço!

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  8. Se a fila realmente anda eu não sei...pelo menos, não com que velocidade. Mas acredito piamente que estar com o outro, não significa não estar só.
    Pode-se ficar sozinho, apenas decindo-se por isso!

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