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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Antenada com a saúde - Depressão

Olá pessoal!
Matéria interessante sobre Depressão. Considerada doença do século, é bom nos manter informados para identificá-la desde o começo.
#acontecenasmelhoresfamílias



Fonte: Revista UMA, ed. 111

"Algumas pessoas adoram falar sobre seus problemas e, sempre que começam, a lista parece não ter fim. Quem nunca enfrentou uma semana daquelas, em que tudo parece dar errado? Contratempos, problemas, cobranças… Todos nós já passamos ou vamos passar um dia por isso. O perigo é quando a tensão, a preocupação e o desânimo insistem em perturbar a nossa rotina por muito tempo, e tudo o que conseguimos ver é o lado negativo das coisas, o que não deu certo, o que nos aborrece e o que nos atrapalha. Será que, se esses momentos persistirem por muito tempo, poderemos atribuí-los a uma má fase ou, na realidade, estaremos entrando em um quadro depressivo sem perceber?Segundo relatos médicos, os pacientes que demoram a aceitar que estão sentindo algo que não é normal já estão com sintomas de depressão e continuam acreditando que é só uma fase ruim, triste. Podemos definir a tristeza como um fenômeno passageiro que não impede a reação de uma pessoa com alegria com algum estímulo. Já a depressão é mais duradoura e muito mais intensa do que as simples oscilações de humor. O Dr. Ricardo Moreno, professor do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (HU – FMUSP), explica que o deprimido reage às situações estressantes com um sofrimento maior e mais prolongado, muitas vezes, desproporcional ao motivo que causou o aborrecimento. “Tudo se transforma em problema e eles tornam-se mais pesados e difíceis de serem resolvidos. Quem sente uma tristeza normal busca a companhia de outras pessoas. O deprimido não, ele tende a se isolar”, diferencia Moreno.A depressão é causada por um desequilíbrio nas concentrações de algumas substâncias do cérebro. Certas pessoas têm predisposição genética para a depressão, mas a doença não se manifesta em todos os predispostos. O psiquiatra e professor de “Atualização em Medicina Comportamental” da UNIFESP, Geraldo Possendoro, afirma que as pessoas que têm familiares de primeiro grau com diagnóstico de depressão correm um risco três vezes maior de desenvolver a doença. “De cada 100 pessoas com depressão, 40 fazem o tratamento e são curadas. As outras 60 têm recaídas e parte destas terão de tomar medicamentos por toda a vida, da mesma forma que os pacientes de doenças crônicas, como hipertensão ou diabetes, tomam”, esclarece Possendoro. Algumas situações pelas quais passamos durante a vida podem “despertar” a doença – elas são chamadas de fatores estressores. O estresse físico e o psicológico, certas patologias, medicamentos, consumo de álcool e drogas, um divórcio, a morte de um parente, a perda de um emprego e alterações hormonais nas mulheres são alguns dos fatores estressores. Segundo a Organização Mundial da saúde (OMS), a previsão para 2020 é a de que a depressão será a segunda causa de incapacitação em países desenvolvidos. A doença tem vários tipos, como a depressão bipolar, a psicótica, a pós-parto, a sazonal, que aparece geralmente no inverno, entre outras.Remédios: mitos e medosDepois de uma intensa e dolorosa experiência pessoal, a escritora Catia Moraes resolveu desmistificar a depressão e o uso de antidepressivos. Assim nasceu o livro “Eu tomo antidepressivo, graças a Deus” (Editora Bestseller). “Eu queria jogar um facho de luz nos maiores inimigos da depressão, dos transtornos emocionais, de humor e mentais: a desinformação e o preconceito. Com isso, queria convidar as pessoas a encarar esses transtornos como doenças que ‘dão em gente’ e não em ‘loucos’, como dizem”, explica Moraes. Alguns mitos são claramente observados nos depoimentos reais, sinceros e humanos presentes no livro. Alguns deles são o estigma de que as pessoas depressivas estejam com frescura, de que isso é coisa de maluco ou fraqueza de caráter. Não há informação às pessoas de que os envolvidos podem estar com um desequilíbrio hormonal de serotonina (substância sedativa e calmante que regula o humor), dopamina e noradrenalina (fornecedores de energia e disposição). “sem eles ou com algum desequilíbrio deles, não dá para ser feliz”, enfatiza a escritora.Depois de ver o pai sofrer com o “problema”, já que, nos anos 70 e 80, as pessoas tinham pudor até para pronunciar a palavra “depressão”, Catia teve de superar os próprios preconceitos para desvendar a doença e o uso dos remédios. “No meu tratamento com um psiquiatra-psicanalista, resisti muito aos antidepressivos, porque eles não ‘curaram’ meu pai nos anos 70. Aquilo, para mim, virou uma doença sem fim. Mas, desde a primeira vez que aceitei a tomar o remédio, foram necessários apenas 15 dias para sentir a melhora que me colocou num outro estágio emocional, energético”, desabafa.As pesquisas e os medicamentos evoluíram muito. O livro não defende o uso desse ou daquele procedimento médico, somente abre espaço para a discussão sobre a necessidade do tratamento psiquiátrico em muitos casos. Até hoje, as pessoas acreditam que o antidepressivo vicia, o que não é verdade. É preciso analisar corretamente os sintomas e o histórico de cada paciente, para saber se é um caso de transtorno de humor ou não, que tipo de tratamento será seguido, e se os medicamentos serão, ou não, necessários. “Achar que antidepressivo é a ‘pílula da felicidade’ é uma grande bobagem! Ninguém evita os sentimentos ruins, ou humanos, melhor dizendo, quando toma o remédio. Ele trata o patológico, neuroquimicamente, oferecendo aos neurônios o que eles precisam para manter o humor em ordem”, esclarece.

Ter uma alimentação equilibrada traz benefícios até na hora de manter o humor. Uma dieta pobre em triptofano por um período prolongado, juntamente com a pouca ingestão de vitamina B6, pode contribuir para o aparecimento desse transtorno de humor que é a depressão”, ressalta o Dr. Milton Mizumoto, especialista em Nutrologia e Medicina do Esporte. O triptofano é um aminoácido essencial que está presente em todos os alimentos de origem proteica, principalmente, na proteína de origem animal (carnes, ovos, leite e seus derivados). As pesquisas sobre depressão apontam uma série de evidências que mostram alterações na química do cérebro. Neurotransmissores, como a serotonina, a noradrenalina e a dopamina, são substâncias encarregadas de processar informações no cérebro, ou seja, estão envolvidas no processo. O triptofano é o aminoácido precursor da serotonina e a falta desta substância no organismo pode resultar em uma série de problemas emocionais. Por exemplo, um erro comum nas dietas da moda é o corte radical de pães, massas e arroz. Estes alimentos ajudam na absorção de triptofano e não devem ser eliminados do cardápio.Teste-se e veja se você tem os sintomas!Com frequência, são os familiares que percebem as alterações no comportamento dos deprimidos, já que eles mudam radicalmente a forma de agir e quase se transformam em outras pessoas. Seria como se uma tristeza permanente se apoderasse do corpo, da mente e de todos os impulsos daquele parente que a gente conhece tão bem. Se, durante 15 dias, pelo menos, uma pessoa manifestar a combinação de humor depressivo, desânimo ou cansaço exagerado – e a diminuição ou incapacidade de sentir prazer em atividades que antes eram prazerosas para ela – com a associação de, pelo menos, dois dos sintomas relacionados abaixo, já é possível diagnosticar um quadro de depressão. Porém, sintomas isolados não caracterizam a doença. Sendo assim, caso você tenha os primeiros três itens desta lista, não perca tempo e procure um psiquiatra.
( ) Humor depressivo, irritabilidade
( ) Desânimo, cansaço exagerado, falta de disposição
( ) Não sente mais prazer nas tarefas que antes gostava de fazer
( ) Vontade constante de chorar
( ) Tem insônia ou sono exagerado
( ) Falta de apetite ou fome demais, perda ou ganho de peso
( ) Pensamentos negativos de morte e doenças
( ) Sensação de desamparo, falta de esperança e vazio
( ) Perda ou diminuição do desejo sexual, da libido
( ) Abuso de medicamentos, álcool e drogas
( ) Desleixo ao se vestir, se arrumar, se pentear
( ) Dor de cabeça, nas costas e no peito
( ) Falta de ar, sensação de bolo na garganta
( ) Dificuldade de concentração e raciocínio, esquecimentos

6 comentários:

  1. Olá Kátia
    Infelizmente depressão parece ser o mal atual. Passei no teste, não sou depressivo.
    Bjux

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  2. Oi Ká

    Tenho depressão a mais de 2 anos e tomo dois medicamentos por dia sendo que 2 pela manha e 3 a noite, foram coisas de muitos anos problemas familiares de saude tudo isso foi acumulando e comecei a sentir os sintomas fisicos psicologico já me sentia deprimida a noite tempo comecei a ter suores tremor palpitação medo de falar com as pessoas enfim vários sintomas e os que tu colocou são os que geralmente o depressivo senti e eu senti quase todos eles, adorei a postagem e eu pude me expressar tbém pois vivo isso todo dia.
    Bjs e boa noite

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  3. Minha receita contra depressão: um bom livro, um pouco de música, recitar um poema em voz alta, procurar um ou dois amigos verdadeiros, uma pitada de autoestima, olhar em volta, olhar para cima, não guardar mágoas, pedir perdão quando preciso, muita água, chá de cidreira, nada de perder o apetite, manter o bom humor e acreditar que há muita energia positiva que quer nos levantar. Acreditar em Deus, acreditar nos homens e acreditar em si mesmo.

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  4. Desde de 2007 tenho Depressão,descobri aos 20 anos de idade.Hoje tenho 23 e mesmo com tratamento com psicóloga e psiquiatra ainda não
    melhorei muito,pelo contrário,estou piorando.
    Oscilando entre fases 'menos ruins' e fases horríveis.





    É uma doença terrível e não creio que tenha cura.

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  5. O perigoso dos rótulos é colar-se a eles.

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  6. Olá Pessoal!!
    Obrigada pela participação!
    E nada de desanimar, hein?
    Depressão tem cura sim.
    Beijos queridos!

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