Tarde demais para começar a perseguir seus sonhos? Não!
Inspire-se no texto a seguir e nas histórias de várias personalidades que
alcançaram o sucesso depois dos 45 anos.
Esse
post foi feito especialmente para você, que acha que, depois dos 30, 40, 50,
60, 70 ou 80 anos, acha que é tarde demais para dar uma guinada na vida e
começar a ir atrás de seus sonhos.
Todos nós sabemos de histórias incríveis de pessoas que
conseguiram fazer sucesso no mundo dos negócios e da vida de modo precoce. Mark
Zuckerberg criou o Facebook com 19 anos. Steve Jobs fundou a Apple aos 21 anos
de idade. Warren Buffett, então, nem se fala… começou sua carreira de
investidor aos 7 anos, quando pediu de presente de Natal ao seu pai um livro
sobre títulos públicos; aos 8 devorou o livro “Como fazer amigos e influenciar
pessoas”, de Dale Carnegie (a fim de melhorar suas habilidades de comunicação
interpessoal, haja vista que se considerava muito tímido… isso aos 8 anos,
tá?); aos 9 lia a coluna “The Trader“, da revista Barron´s, além de todos (eu
disse todos) os livros da estante do escritório de seu pai, onde gostava de
passar o tempo; aos 10, visitou Wall Street, tendo tido a incrível coincidência
de se encontrar com o dono do lendário banco de investimentos Goldman Sachs (do
qual se tornaria sócio décadas depois); aos 11, comprou suas primeiras ações; e
aos 14 (ufa!), fez sua primeira declaração do imposto de renda.
Bill Gates fundou a Microsoft com 19 anos de idade, e
Mozart, aos 8 anos, já compunha óperas.
Meu amigo, minha amiga, vou te contar um segredo, que na
verdade não é segredo: enquanto há vida, há esperança.
Ele começou aos 55 anos. Inventando a Coca-Cola.
Para iniciar, nada melhor do que uma história de impacto.
Acreditem se quiser: a marca mais famosa do mundo – e provavelmente de todos os
tempos – foi criada por um sujeito que já tinha 55 anos: John Pemberton. E
engana-se quem pensa que a ideia foi sendo trabalhada desde sua juventude
(afinal de contas, ele tinha estudado medicina e farmácia). Na verdade, sua
invenção foi produto de seus pensamentos depois de voltar da Guerra Civil
norte-americana:
“Após voltar como um herói da Guerra Civil, ele assumiu uma
nova paixão: criar uma nova bebida que seria um tanto refrescante, quanto uma
bebida que serviria de remédio para dor de estômago. E então, um dia, em maio
de 1886, aos 55 anos de idade, no interior de sua oficina, ele criou o primeiro
lote de que se transformaria na mais ácida bebida, a Coca-Cola.”
A bebida mais famosa do mundo surgiu de uma mente de… 55
anos de idade.
A lição é clara aqui: inovação não tem data de validade
cerebral. Só será muito tarde quando…bem… quando for realmente muito tarde. Ou
seja, quando ocorrer a morte (curiosidade: John Pemberton morreu apenas 2 anos
após ter inventado a Coca-Cola).
Tornando-se um maratonista. Aos 50. Drauzio Varella. Como!?
Drauzio Varella: começou a correr maratonas ao completar
meio século de vida, ou seja, 20 anos atrás. E contando…
Mas Drauzio Varella tem uma faceta (mais uma!) que até há
pouco tempo eu desconhecia: o médico (que tem sete décadas nas costas, eu disse
sete, faça as contas…..rsrs) é um maratonista, sendo que o mais impressionante
disso tudo é que ele começou a correr maratonas depois dos 50 anos de idade!
Destaco alguns trechos da entrevista que ele deu para a
Runners World:
“Quando eu estava prestes a completar 50 anos, um amigo me
disse que naquela idade começava a decadência. Então resolvi fazer alguma coisa
legal para comemorar a data e tive a ideia de fazer uma maratona. Já comecei a
correr pensando nos 42 km.
Pouco tempo depois, outro amigo me passou um programa de
treinos e fui seguindo como podia. No fim daquele ano, corri a Maratona de Nova
York em 4h01. Isso foi em 1993, e desde então já participei dessa prova mais
umas sete ou oito vezes. Também já corri em Chicago, Berlim e Joinville — meu
melhor tempo é de 3h38, em 1994, em Nova York.
A maratona é minha distância preferida. Ninguém corre 42 km
sem estar preparado, todo mundo ali sabe o que está fazendo, então existe muito
mais respeito. Já participei de alguns revezamentos e provas menores, mas não gostei.
Também fiz a São Silvestre e detestei, achei uma bagunça.
Treino duas vezes por semana no Parque do Ibirapuera e nos
fins de semana procuro correr no Minhocão ou no centro da cidade. Aí vario os
trajetos: passeio pela praça da Sé, largo de São Bento, Mercado Municipal. Cada
treino varia entre 15 e 25 km, depende de quanto tempo tenho.
Sempre levo meu tênis quando vou viajar. Tem coisa mais
gostosa do em um dia de congresso você se levantar cedinho para treinar? Corro
2 horas e depois passo o resto dia sentado, sem culpa, ouvindo as pessoas
falarem sobre os assuntos de que eu mais gosto. É uma delícia. Para mim, a corrida é um antidepressivo
maravilhoso. Sou muito agitado, faço muitas coisas e a corrida também me ajuda
a relaxar. É o momento em que fico em contato comigo mesmo, vejo minhas
limitações, e isso me deixa mais com o pé no chão. Por isso não corro ouvindo
música e prefiro treinar sozinho.
Não tenho nenhum cuidado especial com alimentação. Antes do
treino, bebo uma água de coco ou como uma fruta. Depois tomo café com leite e
como pão, azeite e tomate. Não estou convencido de que existe um benefício real
nesses géis e vitaminas, aminoácidos. Durante a maratona só bebo água, não tomo
nem isotônico. Como cortei açúcar da minha alimentação há 34 anos, tenho medo
de ficar enjoado e passar mal.
Quem faz atividade física tem um envelhecimento muito mais
saudável. Tenho quase 70 e não tomo nenhum remédio, peso 3 kg a mais do que na
época da faculdade. As pessoas dizem: “Você é magro, hein? Que sorte!” Não é
sorte, tenho que suar a camisa todos os dias.
Se você não consegue fazer exercício de jeito nenhum, pelo
menos tem que ter consciência de que está vivendo errado, que não está levando
em consideração a coisa mais importante que você tem, que é o seu corpo
(destaquei)”.
Que exemplo de vida fantástico… e começou a correr aos 50,
viu? E você, até quando vai ficar encostado no sofá? (se quiserem ler o
depoimento do Drauzio sobre ter corrido a maratona do Rio de Janeiro, ano
passado, aos 70 anos de idade, acessem esse link. Simplesmente imperdível).
Ele vendeu uma casa para poder pagar as despesas e continuar
estudando. E passou num concurso de Juiz do Trabalho. Aos 45 anos!
Uma parcela significativa dos leitores do blog está se
preparando para concursos públicos, e, nesse terreno, existem vários mitos,
sendo que o principal é que “não se consegue passar num concurso público se eu
for muito velho, pois estarei competindo com jovens recém-saídos da faculdade
com todo tempo do mundo para estudar”.
Balela.
O que está acontecendo no Brasil é justamente o inverso:
proporcionalmente, são as pessoas “mais velhas”, digamos assim, que estão
conseguindo ter mais sucesso nos concursos públicos, não só porque as pessoas
mais maduras conseguem ter mais capacidade de foco e concentração, mas também
porque, em muitos casos, eles priorizam a preparação como uma verdadeira
questão de “necessidade”, de sobrevivência, ao contrário de muitos jovens, que
sabem que, se não forem aprovados dessa vez, poderão continuar a morar na casa
dos pais, sem despesas para bancar.
E a história do Juiz do Trabalho Leodor Machado é
emblemática desses “novos tempos”. Na época em que ele estava se preparando
para o concurso público, o então estudante Leodor chegou a vender sua casa para
pagar as despesas.
Ele conseguiu a aprovação num dos concursos públicos mais
difíceis do Brasil, que é o de Juiz do Trabalho, aos 45 anos de idade, e isso
depois de passar por difíceis reprovações em outros concursos, um inclusive na
prova oral em que até então estava classificado em primeiro lugar.
Outro dado interessante é que ele ficou mais de dez anos sem
estudar, e teve que planejar e executar muito bem sua volta aos estudos, num
ambiente de extrema competitividade, como é o dos concursos para a
magistratura.
O depoimento completo dele pode ser lido nessa página do
site Concursos Públicos.
O cara criou um negócio de vender lanches de comida rápida,
com hamburguer, aos 52 anos. Nome do negócio? Não preciso nem dizer, né!?
Imagine que você seja proprietário de um restaurante, e
receba a visita de um sujeito de 50 anos, na porta de seu negócio, querendo lhe
vender máquinas de milk-shake. Esse sujeito diz, ainda, que trabalha com isso
desde os 37 anos de idade. Qual seria suas impressões desse sujeito? Você
pensa: “coitado, 50 anos nas costas e não conseguiu nada melhor do que ficar
zanzando pelos restaurantes atrás de clientes… eu é que não compro essa
máquina!”
Melhor ainda: e se você estivesse vivendo na pele desse
cara? Imagine-se como vendedor porta-a-porta de 52 anos. Como você imagina seu
futuro? Será que você terá dinheiro suficiente para a aposentadoria?
Conseguirei assistir Animal Planet com meus queridos netos?
Ray
Kroc era um vendedor de máquinas de milk-shake, mas ele,
ao contrário da esmagadora maioria dos autônomos de meia-idade, não pensava, a
essa altura do campeonato, em aposentadoria. Sua mente borbulhava, efervescia,
queimava, por novas ideias:
“Em 1954, intrigado pelo volume de pedidos que recebera de
uma lanchonete em São Bernardino, no estado da Califórnia, Ray resolveu
visitá-la. O restaurante, onde os irmãos Maurice e Richard McDonald serviam
refeições rápidas, vivia lotado.
Na mesma hora em que viu o lugar, Ray começou a imaginar uma
rede de lanchonetes identificada por arcos dourados (tudo começa com uma ideia,
e a de Kroc eclodiu quando ele tinha mais de 50 anos de idade, minha gente!).
Os irmãos estavam insatisfeitos com o negócio, pois tiravam
pouco dinheiro e tinham obtido baixo resultado em duas experiências com
franquias. Após tanta insistência, Kroc conseguiu um acordo.
Eles concordaram com a ideia dos clientes fazerem as
encomendas e receber as refeições em menos de um minuto e deram a ele os
direitos de exclusividade para vender o método McDonald’s.
Ray abriu a própria loja, em abril de 1955, no subúrbio de
Chicago, fazendo do restaurante uma vitrine para a venda de franquias em todo o
país, com a eficiência no atendimento e limpeza do local”.
O resto é história.
Aliás, histórias de pessoas que começam (eu disse começam)
negócios de sucesso na dita “melhor idade” é o que não faltam. Harland Sanders
começou a rede de lanchonetes KFC aos 65 anos, idade em que muita gente pensa
em “pendurar as chuteiras”. No Brasil, o engenheiro naval Eduardo Figueiredo
resolveu sair da condição de empregado (executivo de grandes empresas) para
galgar a de empresário (dono de seu próprio negócio) na marca dos 68 anos de
idade, ao fundar a Orbys, empresa especializada em tecnologia de materiais.
Conclusão
Você não precisa ser melhor do que ninguém para ter sucesso
em sua vida. Tire da cabeça essa ideia maluca de ficar se comparando aos
outros. Cada pessoa tem uma história diferente, e, portanto, metas diferentes a
conquistar na vida.
As histórias contadas nesse texto mostram que nunca é tarde
demais para começar um negócio próprio, ser aprovado num concurso público de
altíssimo nível, vencer maratonas, ou mudar de carreira. E, para conquistar
seus objetivos, sejam eles quais forem, você não precisa olhar para os outros e
se lamentar por não ter começado antes, e nem tentar ser melhor que os outros.
O que você precisa é ser campeão de sua própria vida. O
Renato de hoje tem que ser melhor do que o Renato de ontem. E o Renato de
amanhã tem que ser melhor que o Renato de hoje. A Lívia de hoje tem que ser
melhor que a Lívia de ontem. E a Lívia de amanhã tem que ser melhor do que a
Lívia de hoje.
Se você não achou nada que lhe satisfaça até os 30, até os
40, até os 50, até os 60, até os 70, até os 80, até os 90, ou até os 100 anos,
não tem problema. Continue procurando. Uma hora você vai encontrar. E, no momento
em que encontrar, não tenha vergonha de ir atrás daquilo que deseja. Danem-se
os julgamentos alheios. Você tem que buscar aquilo que é bom para você, o que
funciona para você, para satisfazer você, e não para satisfazer aos outros.
Como bem disse Steve Jobs, no artigo “Siga seu coração e não se acomode em um
caminho que é inconsistente com o que você sente que é seu destino verdadeiro”
– Steve Jobs (1955-2011),
“Às vezes a vida te bate com um tijolo na cabeça. Não perca
a fé. Estou convencido de que a única coisa que me fez continuar foi que eu
amava o que eu fazia. Você precisa encontrar o que você ama. E isso vale para o
seu trabalho e para seus amores. Seu trabalho irá tomar uma grande parte da sua
vida e o único meio de ficar satisfeito é fazer o que você acredita ser um
grande trabalho. E o único meio de se fazer um grande trabalho é amando o que
você faz. Caso você ainda não tenha encontrado [o que gosta de fazer], continue
procurando. Não pare. Do mesmo modo como todos os problemas do coração, você
saberá quando encontrar. E, como em qualquer relacionamento longo, só fica
melhor e melhor ao longo dos anos. Por isso, continue procurando até encontrar,
não pare” – discurso durante formatura em Stanford, 2005
Não importa se a guinada que você pretenda dar em sua vida
ocorra aos 35, 45, 55, 65, 75, 85, 95 ou 105 anos de idade. Nunca é tarde para
realizar seus verdadeiros sonhos, os seus sonhos, e não os sonhos dos outros.
Você tem que começar. E, uma vez iniciado, não pare. Um dia
você vai encontrar. E realizar. E deslanchar. E brilhar. 😉
by Guilherme on 7 de abril de 2014 in Empreendedorismo,
Sonhos
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