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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Desconstruções - Martha Medeiros

Adoro ler as crônicas de Martha, porque quase sempre se referem a minha vida (rsrsrs).Verdade! Martha realmente é PhD da alma feminina, ou melhor, da minha alma. Ontem, li mais uma de suas "ma-ra-vi-lho-sas" crônicas, e tal texto me remeteu há alguns anos atrás. Nessa época, precisei "descontruir" uma pessoa, consequentemente, um amor. Como dói. Você deve saber. Dói. Não entendia direito o que acontecia, pois já havia me apaixonado, amado, e não havia sofrido tanto na separação. Demorou, mas acabou passando, afinal, como dizia o poeta... O tempo não pára.
Quando li a crônica Descontruções, identifiquei-me muito com o seguinte trecho: “Mas se esta pessoa "inventou" um personagem e você caiu na arapuca, aí, somado à dor da separação, virá um processo mais lento e sofrido: a de desconstrução daquela pessoa que você achou que era real."
Bingo! Foi exatamente isso que aconteceu. Foi ótimo, serviu como experiência. Quem nunca precisou desconstruir uma ilusão ? Não? Sorte sua! #valeumasdoeu
Desconstruções - Martha Medeiros
Quando a gente conhece uma pessoa, construímos uma imagem dela. Esta imagem tem a ver com o que ela é de verdade, tem a ver com as nossas expectativas e tem muito a ver com o que ela "vende" de si mesma. É pelo resultado disso tudo que nos apaixonamos. Se esta pessoa for bem parecida com a imagem que projetou em nós, desfazer-se deste amor, mais tarde, não será tão penoso. Restará a saudade, talvez uma pequena mágoa, mas nada que resista por muito tempo. No final, sobreviverão as boas lembranças. Mas se esta pessoa "inventou" um personagem e você caiu na arapuca, aí, somado à dor da separação, virá um processo mais lento e sofrido: a de desconstrução daquela pessoa que você achou que era real.
Desconstruindo Flávia, desconstruindo Gilson, desconstruindo Marcelo. Milhares de pessoas estão vivendo seus dias aparentemente numa boa, mas por dentro estão desconstruindo ilusões, tudo porque se apaixonaram por uma fraude, não por alguém autêntico. Ok, é natural que, numa aproximação, a gente "venda" mais nossas qualidades que defeitos. Ninguém vai iniciar uma história dizendo: muito prazer, eu sou arrogante, preguiçoso e cleptomaníaco. Nada disso, é a hora de fazer charme. Mas isso é no começo. Uma vez o romance engatado, aí as defesas são postas de lado e a gente mostra quem realmente é, nossas gracinhas e nossas imperfeições. Isso se formos honestos. Os desonestos do amor são aqueles que fabricam idéias e atitudes, até que um dia cansam da brincadeira, deixam cair a máscara e o outro fica ali, atônito.
Quem se apaixonou por um falsário, tem que desconstruí-lo para se desapaixonar. É um sufoco. Exige que você reconheça que foi seduzido por uma fantasia, que você é capaz de se deixar confundir, que o seu desejo de amar é mais forte do que sua astúcia. Significa encarar que alguém por quem você dedicou um sentimento nobre e verdadeiro não chegou a existir, tudo não passou de uma representação – e olha, talvez até não tenha sido por mal, pode ser que esta pessoa nem conheça a si mesma, por isso ela se inventa.
A gente resiste muito a aceitar que alguém que amamos não é, e nem nunca foi, especial. Que sorte quando a gente sabe com quem está lidando: mesmo que venha a desamá-lo um dia, tudo o que foi construído se manterá de pé.

8 comentários:

  1. Em rosas, seja viva todas suas letras e história que são muito lindas...

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  2. E como esta desconstrução é dolorida...
    Compartilhando a identificação com a Martha, deixo-te um bj querida amiga.

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  3. A maioria das pessoas, Kátia, precisam ser reconstruídas: a quantidade de faces-mascáras são muitas. Beijos

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  4. Oi querida, ao ler esse texto, me vi nele, também eu tive que desconstruir uma certa pessoa que fez parte de minha vida, doeu, mas cá estou eu, pronta para amar de novo.
    Beijos de um delicioso domingo pra você.

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  5. Realmente, desconstruir uma ilusão não é nada fácil. E dói!

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  6. Lindo o texto Kátia! Realmente as vezs é preciso descontruir....

    beijos

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  7. Olá queridos!!
    Dói, mas a gente sobrevive, vive. Faz parte. O importante é não temer um próximo amor. Cada história é unica. Beijos e um domingo iluminado!!

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