Tendo como cenário a encantadora e ensolarada Paraty, a
Festa Literária Internacional se faz um acontecimento memorável. Pelas ruas de
pedra com seus casarões coloniais, circulam gente de todas as idades à caminho
das múltiplas ofertas nas tendas oficiais e nas atividades paralelas de
Institutos, Livrarias, Jornais, Associações, Casas de Cultura local e do SESC.
Fervilham idéias, opiniões, poesia, leituras, teatro,
música, performances e livros...
Livros...Livros...
Nesta 11ª edição da FLIP, o diferencial foi o tom político
da Festa. Inspirado no grito sentido nas redes de indignação e demandas das
manifestações populares que pipocaram no Brasil e no mundo, a análise crítica,
esteve presente nas diferentes mesas de debate.
No sábado dia 6, a população de Paraty, saiu às ruas e em
barcos, ostentando cartazes e proclamando vozes de protestos e reivindicações.
Mas o grande destaque foi mesmo o homenageado Graciliano
Ramos e sua magnífica obra literária, presente em assuntos específicos das
mesas literárias e na palavra de estudiosos do escritor, apresentadas em
inserções de vídeo no inicio de cada atividade.
O Graciliano escritor, político, crítico, humanista, foi o
ponto de ligação do ontem e do hoje, deste Brasil em transformação, com muito
ainda por se fazer, ecoado no grito de desejo urgente por mudanças das atuais
manifestações populares.
E para nós que amamos as artes, fica a esperança e o desejo
de um Brasil que privilegie a educação e promova a democratização da cultura.
É neste sentido que a FLIP serve de instrumento poderoso de
proliferação de propostas e posturas, gerando uma barulhenta e afetuosa família
de leitores, escritores, amantes das artes, interessados em construir um mundo
melhor.
Hermilda Hansen
Amiga /educadora/divulgadora cultural/ colaboradora
do Expresso Elas .
Obrigada, Hermê!
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